quinta-feira, 26 de maio de 2011


É um tudo que fica por ter medo de ir. É olhar para sentir. É tremer para ver, e sorrir de ouvir. É misterioso por ser desconhecido, incrível por já fazer parte. Sonhar ter sonhos. Sonhar que fiquem. Fazer o que não se aprendeu, aprender o que já se sabia. Ler nas cores das palavras, escrever com um pincel o que já se ouviu. São palavras que voam, e palavras que marcam. Saber que já se viu. Gestos. Repetição. Assobiar uma melodia de infância, fazer música com banalidades. Banalizar o que já foi crucial. Trocar as sapatilhas pelos saltos altos. Tirar os sapatos e saltar para a areia. Escutar o silêncio entre a multidão. Montar a tenda para não dormir. Fazer directa. Acordar com o chilrear dos pássaros. Construir castelos de filmes. Fazer um filme sem final. Fotografar a mente. Teatralizar o dia. Repetição. Viajar sem mala, ir sem destino. Ficar. Segredar o que todos sabem. Gritar o que seria segredo. Querer mudanças, voltar atrás. Seguir em frente. Olhar o sol a fintar o mar, e mergulhar. Ver trovoada na varanda. Ouvir chover. Repetição. E não esquecer.


AL.

3 comentários:

  1. Gostei de descobrir, por acidente, os vossos textos! Tanta força, tanto sonho, tanta vida! Vontade de 1000 coisas! Sentidos e sentimentos sempre a'brir :D É isso! Assim! Gosto! Parabéns :D

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  2. Muito obrigada Lena! É gratificante para as três ler isto :D

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